quinta-feira, julho 22, 2010

Junto às correntes de águas



"Bem-aventurado o homem que [...] tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará."

Salmos 1:1-3

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Louvar


Porquê louvar a Deus? É um dever, um privilégio, uma forma de nos sentirmos bem ou mais próximos de Deus? Qual é a nossa motivação quando louvamos a Deus? O que nos move a fazê-lo? Louvar e adorar é um instinto natural e uma necessidade básica comum a todos os homens. Deus desenhou-nos dessa maneira. Por todo o mundo, ao longo dos séculos, em todas as culturas, o Homem adorou. Talvez esta seja a razão de louvarmos a Deus, mas se é este o único motivo, a nossa auto-satisfação, então louvar entra no plano da realização pessoal. É este o propósito de louvar a Deus?

Porque louvamos? Há algum tempo atrás um amigo disse-me em confidência, após o tempo de louvor num culto: “hoje o louvor parece que sai a ferros”. Compreendi perfeitamente o que ele queria dizer, precisamente porque, por vezes, me sinto dessa forma. Buscamos uma sensação de bem-estar que quando não surge, nos faz sentir que estamos a esforçar-nos em vazio. O que acontece de errado então? Somos nós, é a nossa atitude, são as circunstâncias? Afinal, se louvar nos faz sentir bem, não deveria fazer-nos sentir bem, sempre?

Porque louvamos a Deus? Por obrigação? Porque o servimos e somos salvos e temos essa obrigação em forma de privilégio? É essa a razão de louvarmos a Deus?

David louvava e adorava a Deus em todo o lugar. No campo, enquanto pastoreava, compunha, tocava e entoava cânticos de louvor a Deus. Tinha uma vida de estreita intimidade com Deus, cuja consequência natural era louvar. Deus declara na Bíblia que David era um homem segundo o Seu coração. David não se constrangia perante fosse o que fosse quando o assunto era Deus, e Deus honrava-o por isso. Derrotou Golias na força do Senhor dos Exércitos (1 Samuel 17:45) e a certeza da confiança que tinha n’Ele levou-o a declarar, quando foi desprezado pela sua mulher por dançar e louvá-lO publicamente: “sim, foi perante Senhor que dancei; e perante ele ainda hei de dançar. Também ainda mais do que isso me envilecerei, e me humilharei aos meus olhos” (2 Samuel 6:21, 22).

No segundo livro de Crónicas, capítulo vinte, lemos acerca de um episódio da história de Judá, sob a liderança de Jeosafá. Num tempo de angústia e aflição, em que o povo reconheceu total e completa incapacidade e pediu a Deus, não ajuda, mas livramento, foi através do louvor que Deus trouxe vitória. Uma das frases mais simples e tocantes que já li na Palavra de Deus, reporta-se a esse episódio, em que Jeosafá, diante da congregação de Judá, termina o apelo a Deus com esta frase: “Porque nós não temos força para resistirmos a esta grande multidão que vem contra nós, nem sabemos o que havemos de fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti” (2 Crónicas 20:12). E diz a Palavra de Deus que, indo Judá ao encontro do inimigo, louvando a Deus, chegou ao campo de batalha apenas para encontrar os exércitos que lhe vinham ao encontro, aniquilados, restando apenas saquear o despojo da batalha. Jeosafá conduziu o povo numa atitude de apelo a Deus e descanso n’Ele (“porém, os nossos olhos estão postos em ti”), e na confiança posta em prática através do louvor, levando Judá a experimentar o indescritível livramento de Deus.

Vitória, alegria, angústia, tristeza, livramento, são situações reais de uma vida real, muitas vezes a nossa. Então, porque devemos louvar a Deus? David expressou o que sinto e creio ser a razão, da forma que melhor traduz o que sinto: “O Senhor reina.” (Salmo 97). De facto, é porque o Senhor reina que o louvamos. Quando experimentamos o reinado d’Ele na nossa vida, como deixar de O louvar?

Mas o que é de facto, louvar e adorar? Louvar é glorificar, abençoar, celebrar, exaltar, festejar, aplaudir, elogiar, gabar, enaltecer, bendizer. Adorar é amar, honrar, respeitar, reverenciar, venerar, admirar, apreciar. E é impossível que conhecer Deus não nos leve a ter desejo de fazer e sentir todas estas coisas. Então, louvamo-lO porque Deus é Deus. Não por qualquer outra razão, mas porque Deus é Deus, na angústia e na dor, mas também na alegria e vitória. E é por essa razão que mesmo que tudo à nossa volta pareça inverno, estamos certos da razão de louvarmos o nosso Rei.

“O Senhor reina, regozije-se a terra” – Salmo 97:1

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Mudança



Porque esperamos por datas que legitimizem a mudança? Porque queremos mudar, mas não queremos sair do nosso conforto, entramos num estado de inércia, e ficamos à espera que a mudança aconteça. Falhamos em entender que o tempo é aqui e agora, e que somos nós o agente da mudança.


A palavra de Deus é clara acerca disto. Se entendes que precisas de mudar, muda. É tão simples e no entanto tão difícil, não é? Estamos habituados à nossa rotina, ao nosso conforto, a não termos que sair do nosso caminho e mais que tudo isso, a que tudo seja relativo e portanto a que o nosso modo não seja menos importante ou melhor ou pior que o modo dos outros. Então, mudar porquê e para quê? É preciso quebrar com este vício da consciência, esta estagnação do entendimento, abrir os olhos e ver o mundo como ele realmente é. Mais importante, vermo-nos como realmente somos e entender o nosso pequeno canto do mundo já não comporta o isolamento de carácter a que nos propusémos ao longo do tempo.


"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."

Romanos 12:2

quarta-feira, maio 23, 2007

Anseio






Êxodo 33:11-18







11 E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois, tornava ao arraial; mas o moço Josué, filho de Num, seu servidor, nunca se apartava do meio da tenda
12 E Moisés disse ao SENHOR: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo, porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo; e tu disseste: Conheço-te por teu nome; também achaste graça aos meus olhos.
13 Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que agora me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos; e atenta que esta nação é o teu povo.
14 Disse, pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar.
15 Então, disse-lhe: Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui.
16 Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso, não é por andares tu conosco, e separados seremos, eu e o teu povo, de todo o povo que há sobre a face da terra?
17 Então, disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos; e te conheço por nome.
18 Então, ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.



Deus falava com Moisés, face a face, como qualquer um fala a seu amigo. Isto é para mim, extraordinário e sinceramente, espero que ao lerem esta passagem sejam invadidos pelo mesmo sentimento que eu, pois não tenho mesmo palavras para expressar o que sinto. Imaginem, falar com Deus face a face, como com um amigo. Ouvir a voz de Deus, palpável, audível, aqui ao meu lado! Era assim com Moisés. Reparem nisto:

Números 12:6-8

6 E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele.
7 Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa.
8 Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do SENHOR;[...]

"Boca a boca falo com ele [...]; pois, ele vê a semelhança do SENHOR."

Seria de esperar, suponho eu, que perante tal privilégio, perante tal prova inabalável da presença do SENHOR, qualquer homem ficasse satisfeito. Que digo eu?? Mais que satisfeito, mais que pleno. Mas sabem, Moisés queria mais! Moisés queria bem mais que o que ele já tinha.

Moisés ansiava por mais de Deus e amava tanto a Deus, desejava tanto conhecer a Deus que pediu: "
Rogo-te que me mostres a tua glória."

Pessoal, não andamos tantas vezes satisfeitos com a nossa vidinha, com os nossos amigos, com aquilo que Deus nos dá? Onde está a nossa ânsia por conhecer a Deus? Onde está o nosso desejo por buscar a Deus e conhecê-lO? Mais importante, onde está o nosso desejo por dar a conhecer a glória de Deus?

A Bíblia fala de homens que ansiavam por estar com Deus e fazer conhecer a Sua glória e ao ler sobre as suas vidas, sobre o relacionamento íntimo que tinham com Deus, sinto crescer em mim anseio por experimentar o mesmo que eles tinham.

David escreveu:

Salmo 130:5-6

5 Aguardo o SENHOR; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra.
6 A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã; sim, mais do que aqueles que esperam pela manhã.


É este o meu desejo.

quinta-feira, março 29, 2007

Confiar







É um tema recorrente no meu pensamento. Confiar é complicado, não é...? Mas o curioso acerca de confiar é que é uma daquelas coisas que só sabemos que funciona, depois de o fazer. Como Josafá fez, por exemplo...


"II Crónicas 20

1 E sucedeu que, depois disso, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e, com eles, alguns outros dos amonitas vieram à peleja contra Josafá.
2 Então, vieram alguns que deram aviso a Josafá, dizendo: Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi.
3 Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá.

12 Ah! Deus nosso[...] em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti.

21 E aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o SENHOR, que louvassem a majestade santa, saindo diante dos armados e dizendo: Louvai o SENHOR, porque a sua benignidade dura para sempre.
22 E, ao tempo em que começaram com júbilo e louvor, o SENHOR pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá e foram desbaratados.
23 Porque os filhos de Amom e de Moabe se levantaram contra os moradores das monhanhas de Seir, para os destruir e exterminar; e, acabando eles com os moradores de Seir, ajudaram uns aos outros a destruir-se.
24 Entretanto, chegou Judá à atalaia do deserto; e olharam para a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, e nenhum escapou.
25 E vieram Josafá e o seu povo para saquear os despojos e acharam neles fazenda e cadáveres em abundância, como também objetos preciosos; e tomaram para si tanto, que não podiam levar mais; três dias saquearam o despojo, porque era muito."

Esta passagem fala-nos de Josafá, rei de Israel, que em face de uma dificuldade maior do que ele, temeu e buscou ao SENHOR. Em vez de confiar na sua própria força, buscou a força de Deus. Os versos 22 e 23 descrevem como Deus trouxe livramento ao Seu povo. Alguém poderá dizer que foi coincidência, afinal nada de sobrenatural houve: os inimigos de Israel destruíram-se uns aos outros. Sim, aparentemente.

Quantas vezes nos acontece o mesmo em relação a tribulações por que passamos? Quantas vezes somos tentados a pensar que a resolução do nosso problema aparenta ter sido uma situação completamente plausível e passível de acontecer sem intervenção divina? Mas a verdade é que temos livramento quando tantos outros não o têm.

"Salmo 20:7,8

7 Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus.
8 Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé. "

Esta é a verdade. Coincidência? Estranhas coincidências acontecem aos filhos do Altíssimo...

Regressando a Josafá...

O que me fascina mais neste capítulo da história de Israel, não é tanto o livramento que Deus deu, apesar de ele mesmo ser fantástico. Afinal, Israel não lutou sequer! Nem uma pedrinha atirada à testa de um qualquer Golias, nada. Vejamos o que Deus disse no verso 17.

"17 Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do SENHOR para convosco, ó Judá e Jerusalém; não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR será convosco."

E assim foi. O que me fascina em absoluto é que nós somos uns palermas, mesmo. De verdade! Estamos sempre preocupados com o dia de amanhã, com o desfecho daquela situação, com como conseguiremos sair desta ou daquela situação... Quando dei com os olhos no verso 25, compreendi:

"25 E vieram Josafá e o seu povo para saquear os despojos e acharam neles fazenda e cadáveres em abundância, como também objetos preciosos; e tomaram para si tanto, que não podiam levar mais; três dias saquearam o despojo, porque era muito."

Compreendi que a medida do suprimento de Deus é muito maior que a medida da nossa necessidade. O povo de Deus, não só foi livrado da destruição, como esteve TRÊS DIAS a saquear o despojo daqueles que antes buscavam a sua destruição. Sem mexer uma palha.

Bem, meus amigos, se depois disto alguém ainda tem alguma dúvida... não sei mesmo que dizer. O que tenho experimentado até hoje, ainda que fico muitas vezes ansioso e preocupado (como um palerma), é que Deus é fiel e quem nele confia não será abalado.



"Salmo 125:1,2

1 OS que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.
2 Assim como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o SENHOR está em volta do seu povo desde agora e para sempre."

segunda-feira, novembro 27, 2006

Propósito


Aproveito para transcrever aqui um comentário que fiz num post do site δύναμις acerca de propósito e a necessidade de ter um propósito. Aproveitem para ler o artigo no site que referi. Passo então a transcrever...








David tinha uma relação excepcional com Deus. De tal modo que o viver com Deus, para ele, não era visto como algo que constituía o melhor para a sua vida, ou o mais correcto, ou algo que simplesmente lhe garantia vitória. Para David, viver sem Deus, sem a Sua presença, era algo simplesmente impensável. Amar a Deus era algo tão natural como respirar. Faz-me pensar como hoje tantas vezes lutamos para fazer a Sua vontade... David ansiava por Deus. (Salmo 130:5-6)


Este mesmo David que tinha um conhecimento íntimo de Deus, escreveu:

Salmo 139:12-16

"12 Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.
13 Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe.
14 Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15 Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
16 Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia."

O ser humano necessita de propósito, de saber que a sua vida tem significado, que estamos aqui por uma razão. Honestamente, não me sentira realizado se tivesse nascido por acaso e depois desse evento, ao aceitar Jesus como meu Salvador, passasse a ter um propósito... não sei se choco alguém mas é assim que sinto. Não me interpretem mal, seria algo muito bom mas aquilo que eu necessito é que a minha existência faça sentido, que o facto de ter passado a existir tenha uma razão e não seja algo que aconteceu gratuitamente.

Ora bem, o que David nos diz aqui é que Deus nos conheceu antes que coisa alguma daquilo que nos forma tivesse sequer existido.. que tal isto para propósito? Estava neste momento a tentar encontrar um adjectivo para qualificar o que acho deste facto mas não consigo, não consigo definir o sentimento que me invade. Sei apenas que a minha existência tem um propósito, que fui conhecido com amor antes de ter existido e que Deus me tem amado antes desse tempo.

Que o Ser todo poderoso que é perfeito e criou tudo, me conheceu com amor e teve um plano para a minha vida antes de eu sequer ter existido, satisfaz em pleno qualquer sede que eu tenha de um propósito.

Ainda ontem estava a pensar que seja qual for a necessidade que tenhamos, a medida do suprimento que Deus tem para nós é imensamente maior que a medida da nossa necessidade.

Que Deus vos abençoe!

domingo, novembro 26, 2006

Ponto de viragem


Este post marca um ponto de viragem na orientação deste blog. O blog foi criado visando músicos cristãos específicamente. Era na altura o sentimento do meu coração. De algum tempo a esta parte tenho sentido de outra forma e portanto o conteúdo do blog passa a ser direccionado (como de resto já vem a acontecer desde o último post) a todos quantos O receberam (João 1:12).


Ressalvo desde já o facto de que o tema "Música" continuará a merecer da minha parte especial atenção.

Que Deus vos abençoe!

De todo o teu coração...



Marcos 12:30 "30 Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças[...]"


Estive parado a olhar para o monitor durante algum tempo antes de conseguir escrever fosse o que fosse. Ao escrever esta linha, ainda não sei muito bem o que vou escrever. Como fio condutor tenho apenas este sentimento que me domina cada vez mais...


É estranho como passamos uma vida (ou o que já passou dela) conhecendo a Bíblia, conhecendo alguns versículos em particular e quando menos esperamos, um deles nos confronta e faz rever todo o conceito que formáramos à sua volta. Questiono-me: o que é de facto, amar o Senhor meu Deus de todo o meu coração, de toda a minha alma, de todo o meu entendimento e de todas as minhas forças? Amo eu assim? Sou eu capaz de amar assim? Ouso sequer fazê-lo? Desejo fazê-lo?

A minha resposta sincera é: não sei se o faço, se sou capaz, se me atrevo, mas decididamente, desejo ardentemente fazê-lo. O meu coração move-se quando leio na Bíblia como homens de Deus se destacaram ao dizer "vocês fazem o que quiserem, mas eu faço o que Deus quer." Ponto final. É uma posição de força e decerto não na nossa força. Hoje em dia, particularmente, quem ousa, na sua força, sequer afirmar que o amarelo é amarelo? Numa sociedade em que tudo, inclusivé a moral, é uma questão de gosto ou opinião - "Tu tens a tua verdade, eu tenho a minha."; "Eu é que sei de mim." - ? Lembram-se de alguma vez que alguém vos tenha dito "quem diz que é assim?". Sinto muitas vezes falta de coragem para dizer que é Jesus quem diz e por isso é que é assim.

Amar ao Senhor meu Deus de todo o meu coração, de toda a minha alma, de todo o meu entendimento e de todas as minhas forças...

Desejo-o ardentemente. Tem sido tema constante nas minhas orações. Não quero uma vida medíocre, banal. Não estou satisfeito com o que já tenho, quero mais. E cada vez mais sinto desejo de ter mais. A Palavra do Senhor diz que não nos devemos conformar com este mundo, mas tranformarmo-nos pela renovação do nosso entendimento. Não nos conformarmos... Não estar satisfeitos com o que temos... Não estagnarmos... Não nos acomodarmos... Estar inquietos por mais...

Amar ao Senhor meu Deus de todo o meu coração... de toda a minha alma... de todo o meu entendimento... de todas as minhas forças. Digam-me, a vida vale a pena se for de outro modo?



Salmo 130:5-6

5 Aguardo o SENHOR; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra.
6 A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã; sim, mais do que aqueles que esperam pela manhã.


terça-feira, junho 27, 2006

O Senhor reina.

Salmo 97:1-6

1 O SENHOR reina; regozije-se a terra; alegrem-se as muitas ilhas.
2 Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono.
3 Um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inimigos em redor.
4 Os seus relâmpagos iluminam o mundo; a terra viu e tremeu.
5 Os montes derretem como cera na presença do SENHOR, na presença do Senhor de toda a terra.
6 Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos vêem a sua glória.







Perante esta descrição, sinto-me pequeno. Pequeno e completamente subjugado perante a majestade do Senhor. Depois de ler este salmo com mais atenção, um pensamento assalta-me constantemente: "O Senhor reina". Não sei se estão a perceber o que quero dizer...

Temos problemas, dificuldades, sonhos, medos, anseios... mas sabem que mais? O SENHOR REINA. Cada vez mais me apercebo que a vitória está ao alcance da minha mão... se tão somente eu confiasse que o Senhor reina. Se tão somente a minha mente tivesse a coragem de agir de acordo com o que já sabe o meu coração. Jesus estava tão certo ao dizer aos discípulos "homens de pouca fé"...

Quis compartilhar isto, pois é algo que Deus tem posto no meu coração nas últimas semanas. E para os músicos em particular, imaginem lá um irmão subir ao púlpito e abrindo a Bíblia, ler "O Senhor reina", e ao mesmo tempo, todo o povo irromper em louvor e adoração, vidas serem quebrantadas, pessoas baptizadas no Espírito Santo e toda a congregação louvar ao Senhor de uma só voz! Um sonho? Não, estou convicto que não.

Salmo 98:4-9


4 Aclamem o Senhor com alegria todos os habitantes da terra. Gritem de alegria, rejubilem e cantem hinos.
5 Cantem hinos ao Senhor ao som da harpa, ao som de instrumentos de cordas,
6 ao som de cornetins e trombetas. Alegrem-se diante do Senhor, porque ele é rei.
7 Com o bramir do mar e de tudo o que ele contém, cante a terra e todos os seus habitantes.
8 Que os rios batam palmas e as montanhas com eles gritem de alegria
9 diante do Senhor [...]


Palavras não chegam para expressar o que sinto. Deixo-vos com o verso 4, orando para que o Espírito Santo coloque nos vossos corações o sentimento que me demora expressar.


"Aclamem o Senhor com alegria todos os habitantes da terra. Gritem de alegria, rejubilem e cantem hinos"


terça-feira, abril 18, 2006

União



"A união faz a força ", já diz o provérbio popular. Por vezes perdemos tanto tempo com a defesa do nosso espaço, das nossas ideias, da nossa maneira de pensar, que esquecemos que os outros também têm o espaço deles, as ideias deles, a maneira de pensar deles. E no entanto temos de trabalhar juntos.

Equipa de som, músicos e outros departamentos, forçosamente, necessariamente, idealmente, têm de trabalhar juntos. Parece-me que por vezes perdemos tempo com questões sem sentido em vez de ganharmos tempo trabalhando juntos. Eu sei que a nossa carne nos puxa para o individualismo, mas nós vivemos em Cristo e não na carne. Nós somos espirituais ou carnais? É verdade que "o espírito está pronto mas a carne é fraca", mas também é verdade que Jesus morreu também para que não tenhamos que estar sujeitos à carne.

"Provérbios 13:10 - O orgulho só provoca querelas; a sabedoria está com aqueles que pedem conselho"

Este é o desafio que vos/nos ponho. Não confiemos na nossa própria sabedoria. Antes procuremos conselho junto de outras pessoas mas acima de tudo, o de Deus. Afinal, afigura-se-me um bocado ridículo estarmos a trabalhar para Ele e fazermos as coisas como bem se nos parece.

domingo, abril 16, 2006

Adoração


Uma luta minha de há algum tempo a esta parte tem sido, como levar os outros a envolver-se em adoração. Estou farto de ver a passividade com que as pessoas encaram a adoração, com que encaram o estar na presença de Deus.

Cada vez mais sinto esse peso. Por vezes sinto que quanto mais nos (a equipa de louvor) esforçamos por conduzir os outros em adoração mais dificuldade sentimos. Por outro lado, existem momentos em que tudo parece fácil e tudo o que fazemos sai bem, sem sequer compreendermos porquê. Mas começamos a compreender...

Apercebi-me que esses momentos acontecem quando entregamos o que somos, o que sabemos, os nossos anseios nas mãos de Deus e simplesmente O louvamos com os nossos instrumentos e vozes. O que me fascina mais é que nunca acontece que um de nós se destaca mas antes todos tocamos como um, em sintonia completa. E é sempre nesses momentos que o povo responde com um surto de adoração incrível. Ninguém fica passivo.

É realmente algo que ultrapassa a minha compreensão, mas de novo, Deus é assim. E sinto cada vez mais que é essa a atitude a ter.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Imitações...



Recentemente percebi que repetir, imitar os outros não é bom. Aquele grupo, aquele vocalista que admiramos... não deve passar disso, pois Deus dá-nos dons para usarmos, não para imitarmos.


De tentativas recentes de reproduzir algo que ouvi ficou-me esta convicção. Não à imitação, sim à renovação.


30 / 06 / 2006

Depois de ler os comentários a este artigo e reflectir sobre eles, decidi acrescentar algo mais.

Muitas vezes tentamos imitar os outros, as suas atitudes, expressões e inevitavelmente, transpondo isto para a música, tentamos recriar o ambiente que esses músicos proporcionam.

Ora, isto é um erro imenso. Primeiro, ao fazermos isto estamos a limitar a intervenção do Espírito Santo. Se nós já decidimos de antemão como vai ser, que papel tem o Espírito Santo? É o mesmo que dizer a Deus: "Deus, já temos isto tudo ensaiado. Agora já podes usar o que preparámos para operar no povo.". Ridículo, não é? Como se a mente do Rei do universo fosse igual à nossa, para ousarmos limitar Deus àquilo que achamos melhor.

Segundo, caímos no erro imenso de pensarmos que a unção que Deus derrama sobre a vida dos seus servos pode ser imitada. Vemos aquele dirigente mover as pessoas em adoração, vemos músicos que ao tocar, tudo lhes sai bem, tudo é perfeito. Isto ultrapassa, de facto, o campo musical, acontece em todas as áreas. Começamos a pensar, demais, que era fenomenal ser assim também conosco. E depois começamos a imitar, a tentar obter para nós o que os outros têm.

Deixem que partilhe um segredo convosco, pianinho (em voz "baixa") para não escandalizar alguns... a unção de Deus NÃO PODE SER IMITADA. Ok? Há pessoal que quer fazer à força o que alguém que tem para trás toda uma vida de consagração, de dedicação, de serviço e que por isso e para isso tem sido abençoada e ungida. Não resulta pessoal, não resulta. Deus tem um plano para nós. E é um plano bem específico para cada um, não é o do outro. E é deixando que Ele cumpra o Seu plano na nossa vida que seremos abençoados e ungidos para O servir.



Jesus disse: "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai." João 14:12

quarta-feira, novembro 16, 2005

Dilemas (e outros assuntos)


Como músico e seguidor de Cristo, deparo-me frequentemente com dilemas que envolvem, tanto a minha actividade secular, como as minhas responsabilidades a nível do louvor e adoração na igreja de que sou membro.


Estou certo de que não sou o único.

O que vos peço é (se estiverem para aí virados) que partilhem as vossas experiências do dia-a-dia que acharem relevantes e/ou interessantes, as vossas dúvidas, dilemas, etc. Tenho a certeza de que a soma das nossas experiências poder-se-à revelar muito proveitosa para todos.